segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Irrompem as mão sujas dessa água sem reflexo,
Não há sol por vir, arrastam-se os sentidos...
As horas perecem, assim como o corpo, e o chão não se deixa pisar...
Deixou-se de coragens e lembrou quem lhe olhou de volta...
Longe os tempos das margens que não o esforçam, o cansaço já é dele,
E ele, nem ousa olhar para cima, falta-lhe fé...

domingo, 22 de agosto de 2010

Assim é fácil largar o chão,
O passado, esse já não me pesa...
Não são lamentos que anunciam a mudança,
De eu em eu me acho sendo...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Guardo-me para o virar da página,
Largo as últimas forças na sorte...
Fatigado de recomeçar, renascer, ressuscitar,
Permaneço nas cinzas, e espero o sopro de Ti...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Meus dias são esse brilho, embriaguez...
Encolhido, onde só há pó, desconforto...
Não me canso de lá voltar, aos dias...

Está escuro e os olhos cerram de sua vontade,
Largando à sorte a memória ou falta dela.
Já não há mais, desses dias...