sábado, 17 de julho de 2010

Esses paraísos,
Estéreis dos que não sonham,
Anseio encontrar-lhes o sítio...
É escura a estrada do lado de cá,
Não me sinto a caminhá-la, não já!
Observo a bruma, perdura o tédio,
Quentes são meus olhos, de não ver...

São esquecidas as revoltas, insípidas...
Provo da condição de resignar, ceder,
Mas cedo na obrigação da mistura, corpo
Onde individual não existo, inócuo...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sonho, empresto-me ao irreal,
Desperto deste corpo, transtorno...
São certas as tormentas que me crescem,
É com mãos minhas que me levo a nascer...

São vagas, estas horas de desprendimento,
De luto pelo infeliz que sempre me quis...
São danças de conforto, miseráveis paisagens!
Não lhes toco, minhas, só assim o serão...