domingo, 27 de março de 2011

As horas são claras, quentes...
Os olhos fecham de prazer...
Os sonhos dentro de sonhos...

terça-feira, 8 de março de 2011

De onde vem este súbito sabor amargo?
A atitude que se esvai na sua perda...
Imagens postas em causa, fazem-se passado
E residem no maior de mim...
O espaço é reduzido, enfeitado
De cores que não antes senti...
O sol ou o esquecimento, a alienação
De ser através do horizonte que se segue ao nosso...

Deixo-me brincar, os passos que dou
Conhecem um novo chão e o aqui nunca é o mesmo...
Os olhares tímidos, a tentação de alcançar...
Incompleto, mas sei do resto de mim...

sábado, 5 de março de 2011

Já sei que te perdeste na tempestade,
A estrada era longa, não te reconheço vontade...

Já sei onde te escondes,
Sussurro, evito o susto...

Já sei onde crescem os amores,
Olhos que tudo vêem, quando querem...

Já caí, ergui-me a custo...
É do alto que te vejo...

Já te olhei sem que notasses,
E baixei o olhar, para que não notasses...

Já sei o tempo quando é nosso,
E por sabê-lo, acho-o escasso...

terça-feira, 1 de março de 2011

Danço as danças cujos passos desconheço,
Abraças-me e eu deixo-me ficar...
Tempos velozes, de dia sou cinzento,
Para resplandecer nessa rua, na penumbra...

Reparo na máscara que cai,
Há muito que vi para além dela...
Paraísos de outono, são reflexos
De um sonho de braço dado...