sábado, 14 de abril de 2012

Intriga-me a apatia, o não saber ser...
Sabe a pouco o muito que me fazes parecer,
E os medos, como noites invernosas, travam
O movimento de quem sempre quis poder...

Resta-me o corpo, e a mágoa de só corpo ter...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

De onde salto para os altos céus?
Que miséria a minha, piso onde já me fui...
Quisera eu antes o desvario, que me libertasse...
Mancha-se, apaga-se, deixa-se viver-Lhe a vida...

Que silêncio este, que te ouço os murmúrios
Como se meus fossem...
A frigidez ocupa todo o espaço,
Envolve todo o tempo, e enfim me cobre...
Seguro o lamento, já não soa igual...

Avista-se o termo, sem os perdões de antes...
De longe as vãs vontades, na falta de valor...
Saudade gasta, antiga, de quando fomos...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Passeios escorregadios, escuros,
Jogam-se destinos, não os faria meus...
Com passos firmes, guiei-me na penumbra
Julgando que é em frente que os passos se dão...
Foi enfraquecendo o ímpeto, baixaram os olhos
Como dantes, e assiste-se ao anoitecer do querer...
Sacodem-se lágrimas, enquanto desapareces na gente,
E sem um adeus...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Da serenidade à miséria,
Vida triste, passada, curvada...
Olhar em frente para a estrada...

Ainda aqui estou, seco,
E já me olho do lado de lá...
Do lado dos que já não têm...

Permanência, ou eu ausente...
Onde fui que presente não me acho?