terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Corpos invejosos
Mortos, de sonhos
Prostrados, sem alma
Neste leito, que me acalma.

Triste de pensar
Outra vida, outro lugar
Onde me mostro, sem pensar
À sombra, não sei dizer...

Por força de mim
Procuro, não alcanço, não...
É ardor que me consome
Cruel, seco, diferente de mim...

Amarrado, mudo, impotente
Fujo de mim, e da gente
São vultos, são frios, são o não ser
Igual a mim ou ao mundo, não sei dizer...

Agora sinto a presença
Desta dor, que me acende a inteligência
Escrevo porque deprimo
Não sei deprimir para escrever...

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