sábado, 27 de março de 2010

A vida dói-me tanto,
E no espaço do entretanto,
Sossego e concluo sem espanto,
Que dói porque tem de doer...

Neste momento de pausa,
Recordo a sensação de posse,
Ter a sorte da proximidade,
Aparente que era, já o não é...

Descanso enfim desta dor,
Encontro-lhe até serventia.
Prometo-me não padecer dela,
E sorrio, porque sei que sim...

sábado, 6 de março de 2010

Morrer, antes de o mundo ceder...
São lágrimas limpas, sonho, prazer...
Cessar, secretas palavras, não lhes sei
A altura certa, soam vãs, embargadas...

Sorte necessária, obrigatória, ambicionada
Pela dor de coração, solto, inacabado!
Mantenho a clausura, antes da liberdade...
Não me extingo já, assisto, reparo o anoitecer...