sexta-feira, 13 de março de 2009

A criação que me atrevo a fazer
Ou a tentativa da mesma
É escrever-me por fora
Como me vejo por dentro

Solto nas palavras
Perdido em pensamentos lúgubres
Neste assomo de coragem
Concepção de melancolia

E a bravura que necessito
Para acordar e cumprir-me vivo
Vai-se dispersando no tempo desagregado
Recluso que me encontro neste desânimo.

Fito-me espelhado no desengano
Sem vontade de desviar o olhar
Como se me expurgasse da indolência
Que me escolta até ao termo...

Assim me sustento vil
Sem qualquer tipo de propósito
Seguro do meu desconhecimento
Na arte da subsistência
E desta arte em que exponho...

Sem comentários: