quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Dramaticamente sabendo o correr das águas,
Molho os pés nus, e o frio que chega à alma.
Decido abandonar, já sei o gélido silêncio de cor.
Sem olhar para o lado, invento um caminho e adormeço...

Conto fantasias por realizar, são tantas, irracionais.
Esqueço os sonhos, perco-me em desvarios intensos, fugazes.
Provo este torpor incessante, que convida a descansar.
Lembro-me da melodia, era tempo de revolta, impotência...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Assim, com os olhos entreabertos,
Despeço-me da luz e permito-me sonhar.
Nesta deleitosa irrealidade, desvario,
São prazeres dos tempos, idades, vazios...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Concretizar adiado, entristecido...
Sabor amargo, depois da doce ansiedade...
Aqui me guardo, exaurido, dos tempos vividos,
Depressa, sem demora, mergulho na desilusão...

domingo, 6 de dezembro de 2009

O som que vem de cima,
É de mar, sombra, vento...
Mergulho neste encanto, maldição!
Sou cego deste tempo rápido,
E não sei se sou eu que não quero ver...

Veste aquele vestido, trapo,
Transparente, alma solta, embriaguez.
Mantém essa arrogância, altivez...

Dança estes passos de revolução,
Esquece os momentos, são velhos, descolorados.
Lembra, revive, ressuscita, liberta, Sê...